quarta-feira, dezembro 17, 2008

O Manuel "Alegre"

Hoje vi o Manuel Alegre na Sic Notícias enquanto aproveitava o sabor de um jantar tardio. Tomei também, em mais de meia hora de entrevista, o sabor a uma democracia há muito perdida...à esperança de acreditar no valore da igualdade e fazer fé mais uma vez no velho sistema em que manda o Povo.

Alegre, que enfrenta os Putos-Políticos que se aproveitam do PS para lavar o Pais em corrupção e em Jobs for the boys...(por outras vezes leia-se "gays"), é o velho do restelo bonacheirão que agrada ver e ouvir. É o deputado que com um cravo vai ao palanque e lembra aos portugueses o valor da Democracia num discurso dissipado depois em ilusão. Dá gosto ver o Homem-Deputado agarrar todos os dias a virilidade inter-membros inferiores para mandar às urtigas quem lhe quer atirar areia aos olhos. É um prazer imenso ver pelo menos um deputado erguer o dedo médio em gesto cândido à restante bancada, quebrando o dever de "carneirismo" quando com ela não concorda.

"A mim ninguém me cala", de certo já terá dito. Depois, a forma como diz "conheço bem o Sócrates e o Sócrates sabe com o que pode contar de mim e do que sou capaz de fazer", também me desponta um belo sorriso de homenagem a este homem. Pelo menos alguém diz "o" Sócrates e, sendo do PS, lhe aponta o dedo como quem: "chegaste à pouco do PSD e tu miúdo porta-te bem".

Alegre desponta multidões com os seus discursos inflamados de honra e liberdade: um milhão de portugueses votaram nele nas últimas eleições. Pena é que pareça ser tudo apenas conversa. Tem sempre a desculpa de que nunca lhe deram a oportunidade para fazer realmente algo num cargo. Espero que um dia tenha essa oportunidade e não se deixe corromper pelo poder. Dava gosto ver este D. Sebastião de Coimbra dar umas lições de velho poeta a muitas más desculpas de capitalistas que por cá andam...

2 comentários:

Anónimo disse...

Às vezes é bom sonhar...infelizmente isto não vai lá só com sonhos.
abraço

Wordphantom disse...

Se o homem não sonhar teremos sempre um corropio de Sócrates..vale sempre a pena almejar algo José