"Aqui dorme Bocage, o putanheiro:
Passou a vida folgada, e milagrosa:
Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro."
"Não (diz uma) tu padre não me engodas:
Sempre, me há-de lembrar por meus pecados
A noite, em que me deste nove fodas"!
É curioso ver que a linguagem usada por Bocage, não mudou, afinal, assim tanto. Manuel Maria Barbosa du Bocage morreu em Lisboa, a 21 de Dezembro de 1805.
Levanta Alzira os olhos pudibunda
Para ver onde a mão lhe conduzia;
Vendo que nela a porra lhe metia
Fez-se mais do que o nácar rubicunda:
Toco o pentelho seu, toco a rotunda
Lisa bimba, onde Amor seu trono erguia;
Entretanto em desejos ardia,
Brando licor o pássaro lhe inunda:
C'o dedo a greta sua lhe coçava;
Ela, maquinalmente a mão movendo,
Docemente o caralho embalava:
"mais depressa" – lhe digo então morrendo,
Enquanto ela sinais do mesmo dava;
Mística pívia assim fomos comendo.
3 comentários:
O blog acabou de conquistar vários subscritores...
Lindo!!!
Obrigado!
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