Esta manhã, na habitual compra nas bancas (ou se preferirem a assinatura mensal, na soleira da entrada da porta, acabado de ser deixado pelo paperboy), o JN vinha mais internacional ao invés do que lhe é típico nestas andanças. Até porque uma volta de eleições de Itália, um facto internacional, fazer boa parte da primeira página daquele diário, não é normal.
Já comecei a reparar em algumas diferenças e, posso estar enganado, mas a recente mudança de grafismo (e não terá havido mudança na política editorial?) aproximou a política editorial do JN da do PÚBLICO. Este sim, um jornal de referência, menos popular, mas mais atento ao contexto politico internacional.
Já comecei a reparar em algumas diferenças e, posso estar enganado, mas a recente mudança de grafismo (e não terá havido mudança na política editorial?) aproximou a política editorial do JN da do PÚBLICO. Este sim, um jornal de referência, menos popular, mas mais atento ao contexto politico internacional.
Poderei estar enganado, mas o JN lavou a cara e parece-me menos popular. Por outras palavras, contínua a ser, no seu tipo, o mais vendido, mas começa a dar mais valor ao contexto político internacional e obrigatoriamente, menos (ainda que continue a dar muito) ao contexto nacional na primeira página.
De qualquer forma, será esta maior atenção que começa a ser dada ao panorama internacional algo de positivo? Eu devo confessar que gosto. Ver os apenas os escândalos nacional e a política nacional mesquinha fazer primeira página é muito limitativo e chateia os leitores mais assíduos. Mas, claro que não nos podemos esquecer que o que se passa no nosso bairro tem quase sempre maior valor notícia do que o que se passa a anos de luz de distância. Contudo, no âmbito dos "valores-notícia" há outros factores, como bem sabem...
O JN está hoje com cara de pizza.
(Aos mais cómicos, pede-se que não façam segundas interpretações). O que acham os mais técnicos nestas lídes jornalísticas (multimédicos incluidos) do facto de literalmente se espetar numa pizza italiana a cara de Prodi e Berlusconi, figuras de Estado de uma nação e da Europa?
PS : já agora, Prodi venceu as eleições por uma margem mínima e já há especialistas que acreditam que será um milagre haver estabilidade no governo de centro-esquerda. Silvio Berlusconi já fez saber que pediu uma recontagem dos votos para a Câmara dos Deputados, dada a escassa diferença de 25 mil votos.
PS : já agora, Prodi venceu as eleições por uma margem mínima e já há especialistas que acreditam que será um milagre haver estabilidade no governo de centro-esquerda. Silvio Berlusconi já fez saber que pediu uma recontagem dos votos para a Câmara dos Deputados, dada a escassa diferença de 25 mil votos.
4 comentários:
Não acho mal nenhum em ver a situação política italiana representada através da metáfora da pizza. O PÚBLICO e o DN utilizaram fotografias e imagens mais sóbrias, mas no estrangeiro são imensos os jornais sérios que fazem primeiras páginas e manchetes com desenhos e caricaturas.
Enfim: ambas me parecem válidas. A do JN parece-me mais imaginativa.
Quanto ao terem chamado um tema de política internacional para a primeira página, não sei se será uma aposta para manter. O JN é um jornal que oscila entre o jornalismo sério(embora diferente do que o PÚBLICO e DN fazem) e o "caso do dia". Não é muito obsceno nem muito enfadonho e é por isso que praticamente todo o Norte do país o compra. Acho que foi apenas o dramatismo deste acto eleitoral em particular que fez com que lhe dessem este destaque.
De resto, acho que foi essa também a razão de esta notícia ter feito manchete na primeiras páginas da concorrência...
Eu confesso que me custou um pouco habituar-me ao novo visual do JN, mas pronto, se eles lá decidiram mudar, pode ser que algo novo surja para revitalizar este jornal que tem história em Portugal, e principalmente no Porto.
Quanto à questão do Berlusconi e do Prodi espetados numa pizza... esperava um pouco mais de esforço criativo por parte dos srs.(e sras.) do JN... Ver a cara dos dois políticos espetados num prato de esparguete à Bolonhesa, isso sim, seria qualidade! Ou então, para os mais arrojados, porque não pô-los numa lasanha, hã?
Era bonito...
Ou talvez não.
Abraço
olá Miguel. Devo concordar contigo, como alías bem percebes. No post apenas levanto a questão. de qualquer forma não sei até que ponto será bom usar e abusar deste tipo de metáforas, ainda por cima na primeira página de um jornal (que começa a dar mais importância ao internacional).
Vi a primeira página do PÚBLICO e gostei mais... sabe-se lá porquê não é?
Um grande abraço
bom comeco
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