A propósito de um post anterior, aproveito para deixar aqui uma comparação do estilo "Encontrem as diferenças".
Sobre isto os ingleses diriam: "The difference between good and evil".
Não basta escrevinhar boas novas numa folha de jornal pago com uns escassos reis sujos na banca. O jornalista define-se pelo que escreve e pelos princípios que defende para a sua profissão.
Sem princípios e valores, dificilmente será considerado jornalista (pelo menos por mim). Mas na maioria das vezes é certo que "quem tem ética passa fome".
O que ser: jornalista ou um mercenário?
A resposta é difícil, até porque um jornalista não vive de ar e vento. Estou apenas certo de uma coisa: Os Estados ditos Democráticos (como Portugal), atribuem direitos e deveres nas Constituições da República, definem os jornalistas como um dos principais pilares da sobrevivência do regime, mas não os protegem nem incentivam a existência de bom jornalismo!
Sobre isto os ingleses diriam: "The difference between good and evil".
Não basta escrevinhar boas novas numa folha de jornal pago com uns escassos reis sujos na banca. O jornalista define-se pelo que escreve e pelos princípios que defende para a sua profissão.
Sem princípios e valores, dificilmente será considerado jornalista (pelo menos por mim). Mas na maioria das vezes é certo que "quem tem ética passa fome".
O que ser: jornalista ou um mercenário?
A resposta é difícil, até porque um jornalista não vive de ar e vento. Estou apenas certo de uma coisa: Os Estados ditos Democráticos (como Portugal), atribuem direitos e deveres nas Constituições da República, definem os jornalistas como um dos principais pilares da sobrevivência do regime, mas não os protegem nem incentivam a existência de bom jornalismo!
E aqui lembro que o jornalista tem direito a protecção social que é o mesmo que dizer que tem direito a salário digno e a um emprego estável. Dito isto, atiro com a precaridade de emprego ou a total ausência do mesmo. O jovens jornalistas ou os licenciados são carne para o mundo dos media comandado pela mão dura da ecónomia: Uma máquina de moer carne - literalmente!
Por outro lado, parece-me reinar a hipocrisia num parlamento (português) onde os deputados vão de férias e se esquecem dos seus deveres e num país que leva ao banco dos réus um jornalista (Manso Preto) para a dita Justiça descobrir as suas fontes. Para os que não sabem, existe algo chamado "sigilo de fontes", pedra basilar da confiança entre os jornalistas e as suas fontes.
O que fazer quando a Polícia Judiciária entra numa redacção de um Jornal – "24 horas", e diz "Mãos para cima, ninguém toca mais nos teclados"? Parece-me a PIDE a fazer censura a mando de um Estado que teme a verdade, o mesmo que diz que precisa de jornalistas – CR.
Eu não sei o que se passa, mas sinto-me tentado a dizer as palavras de um conhecido cantor de Abril: "Que merda!"
O que fazer quando a Polícia Judiciária entra numa redacção de um Jornal – "24 horas", e diz "Mãos para cima, ninguém toca mais nos teclados"? Parece-me a PIDE a fazer censura a mando de um Estado que teme a verdade, o mesmo que diz que precisa de jornalistas – CR.
Eu não sei o que se passa, mas sinto-me tentado a dizer as palavras de um conhecido cantor de Abril: "Que merda!"
3 comentários:
Caro d.funguhs,em resposta ao comentário:
Não creio que as motivações foram as mesmas ou pelo menos no meus grau. o PÚBLICO não terá pensado na gravura que celebra a páscoa para vender jornais da mesma forma que o "A voz de Azeméis" - isso asseguro-o. Conheço ambas as realidades e por dentro. O jornal nacional quis marcar o dia da páscoa com uma investigação sobre Jesus, que se leu, bem se relembra que é jornalismo investigativo muito recente e polémico.
Quanto ao regional, pf. veja bem a primeira página que se constituiu apenas pela gravura de Jesus Cristo (e não uma pintura de um conceituado pintor o que seria ARTE e não apenas uma imagem religiosa esbatida por aí em tantos sítios. Retomando, a imagem religiosa (e aqui devo-lhe lembrar que o jornalista não deve tomar partido e AQUI isso ACONTECE FACTUALMENTE - RELIGIÃO) ocupa uma boa parte da primeira página a par da enchente de PUBLICIDADE. os restante escassos centimetros são para 3 chamadas breves. Ora a primeira página tem por norma publicidade mas nem tanto ao mar nem tanto à Terra pq um jornal vive da publicidade mas serve para noticiar e isso nunca se pode esquecer. Cadernos de PUB é ve-los no Supermercado, ou na nossa caixa de Correio.
Resumindo: de uma vez só e na primeira página se atentou contra os principios de imparcialidade e se reduziu um jornal a um pasquim comandado por PUB. Isto claro é a minha opinião: O que ali se vê não é jornalismo. Se me Explicar a lenga lenga de que tem de ser assim e porque é regional e tem de sobreviver, meu caro eu ja percebi que salvo algumas honrosas excepções, quem tem ética passa fome.
Mas é por ser assim, por haver sempre quem faça pior e mais barato do que algm que se rege pelos principios e não se vende que o jornalismo está como está.
Retomando: não penso que o PÚBLICO ficou reduzido com a decisão editorial até porque mais uma vez marcou a quadra mas nao apenas o fez por ser o dia que é como o fez porque tinha uma investigação para publicar - ou seja mostra-se trabalho JORNALISTICO.
Imagens alusivas a quadras não se publicam. Publicam se imagens alusivas a noticias, investiações, reportagens e demais trabalhos jornalisticos. Um jornal nao é uma colectânea de imagens alusivas a este ou aquele acontecimento religiosa ou de outro tipo...senão teriamos ainda mais imagens alusivas. Sendo Seco e rigoroso (como tem de ser) lembro-lhe que a Páscoa já não é novidade nenhuma, não é noticia, Jesus já ressuscitou (se é que o fez) há muitos e longos anos e não no dia anterior à publicação do jornal.
Daí a investigação sobre factos desse tempo: NOVIDADE FAZ NOTICIA. PÁSCOA ACONTECE TODOS OS ANOS da mesma forma. PODE SEr relembrada nos jornais mas com algo de novo. Não foi o que o regional fez.
Permita-me que discordo consigo quanto Às diferenças. Elas são abismais.lamentavelmente. já estive/estou de um lado e do outro e sinto-o no dia a dia. Mas espero que a sua opinião venha um dia a ser verdade e a minha mentira...significaria que estavamos bem melhor do que realmente estamos.
Volte Sempre. A sua opiniao como as demais são bem vindas. é da discussão que se faz a luz.
Se nao respondi a alguma das questões, pf relembre-me.
De maneira nenhuma podemos comparar "A voz de Azeméis" ao "Público". Pensemos um pouco:
O público-alvo. A quem se destina "A voz de Azeméis"? Sendo um jornal regional, não é preciso pensar muito para obter a resposta.
A maior parte das pessoas que compram esse tipo de jornais não se baseam somente neles para verem as notícias... fazem-no pelo típico "bairrismo", querem sentir-se mais integrados na comunidade em que estão a viver, e não deixam de comprar os jornais ditos "de referência" para se inteirarem das notícias do mundo.
Outro ponto: O dinheiro e a necessidade dele.
Os jornais regionais não têm a capacidade de se aguentarem economicamente como o os jornais da classe do "Público", porque têm muito menos tiragem, por isso têm de procurar formas de sobreviver, e o resultado... vê-se.. primeiras páginas que mais se parecem com a primeira página da DICA.
Mas não os podemos censurar... a questão, vista por eles, é uma: Dar "a montra" do jornal à publicidade e aos temas que chamarão mais a atenção da populaça (beatas incluídas) ou fazer o que é visto aos olhos dos defensores do jornalismo como correcto e íntegro... e fechar passado um mês, por não ter dinheiro?
No que concerne à qualidade, é injusto estarmos a rotular "Jornais regionais - Amadorismo bacoco" e "Jornais de referência - Profissionalismo e ultra-integridade jornalística".
Há jornalistas bons e há jornalistas maus em ambos os sítios... estão é simplesmente sujeitos às características do meio em que estão inseridos.
E isso da Páscoa... ora, todos sabemos que as coisas que mais vendem, nos jornais e não só, são: Religião, os Crimes (decisões políticas e o cabelo do Paulo Bento incluído nesta temática), Desporto e...
O Sexo também vende...
Seria bonito ver na primeira página do "Público"... "Estreia de 'Matulonas na Praia 3' gera fenómeno de bilheteiras sem precedentes"
Que acham?
Abraço Pedro.
necessario verificar:)
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