sábado, abril 17, 2010

Nuvem de cinzas sobre a europa: depois do desastre financeiro, o desastre natural


Começo este texto com o título de uma resenha do do Jornal de Notícias de hoje. "Depois do desastre financeiros, o desastre natural", escreve o jornal. Não é nada que a humanidade não pudesse prever. Eu diria que foi avisada várias vezes. Pelo menos nos últimos anos, o ex-candidato à presidência dos EUA, Al Gore, tentou avisar o Mundo dos graves efeitos da poluição com o documentário "Uma Verdade Inconveniente".

16 mil voos foram cancelados hoje na sequência do encerramento do espaço aéreo de boa parte dos países do norte e centro da Europa. Quase todos os aeroportos desses países não estão a operar ou estão encerrados. A solução talvez seja recuar nos tempos modernos da poluição sem fronteiras e voltar ao velho e mais ecológico comboio. Até porque as locomotivas não têm, para já, qualquer problema com as nuvens que andam bem lá em cima a milhares de pés de altitude. Há quem tenha encontrado uma alternativa mais cómica.

A TAP avisou hoje que mantém apenas os voos nacionais entre Lisboa, Porto e Faro e as ligações com Espanha e Roma, Itália. E pede aos passageiros para saírem dos aeroportos ( porque devem estar a incomodar?) e que esperem em casa por novidades acessíveis no site da companhia aérea. A questão que poderá vir a revelar-se mais problemática é que a nuvem vulcânica que partiu de um tal vulcão "Eyjafallajokull" - cujo nome é impronunciável e que num ápice se resolveu abrir as goelas ao mundo - está a aproximar-se da fronteira da França com Espanha.

É no mínimo curioso e admirável o que a natureza consegue dizer aos Homens. Em poucos minutos conseguiu parar boa parte dos aeroportos do mundos. Há milhões de pessoas retidas nos locais de férias, algumas delas estão a dormir nos aeroportos. Que tal irem de comboio? O Presidente da República, Cavaco Silva, já se decidiu. Vem de Praga a Espanha de carro. Depois apanha o avião. Angela Merkel, chanceler alemã, também fará o mesmo de Lisboa à Alemanha.

Acho que já está na altura de o Homem pensar em fazer realmente alguma coisa e parar. A Natureza talvez esteja a querer dizer algo...

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