Aos primeiros segundos do dia 1 de Janeiro de 2008 impôs-se a proibição de fumar em espaços públicos fechados, lato senso. Nesses primeiros momentos, raros foram os que realmente cumpriram essa nova lei, tal era o hábito. Porém, no dia seguinte ninguém se atrevia a fumar nesses mesmo locais onde as sanções espreitavam ao primeiro sinal de fumo.
Nos locais de trabalho é possível agora constatar aquilo que o carácter justiceiro e cego de uns nega e o que o bom senso de outros cedo mostrou. Para além das habituais dezenas de fumadores nas entradas dos edifícios transformadas em verdadeiras 'salas de chuto', muitos são os que se fecham nos gabinetes para poderem fumar sem serem vistos. Os colegas não fumadores acabam por persegui-los, apesar da Lei Portuguesa ter algo a dizer quanto à perseguição.
A Lei que, razoavelmente, protege os não fumadores do fumo prejudicial de uns censura outros. O cego e excessivo plano para limpar as cidades do fumo do tabaco acabou por ser o fascismo de uns sobre outros.
À parte as frases feitas, a liberdade de uns não acaba quando começa a de outros, antes existem ambas no mesmo tempo e espaço. E quando o Homem pondera reduzir os malefícios sobre alguns, o radicalismo poucas vezes é a melhor solução. Entre o 8 e o 80 há vários números.
P.S. - Eu não fumo. Concordo com a lei até a um certo ponto, aquele em que se perseguem fumadores como se fossem os criminosos deste século.
1 comentários:
Eu também considerava uma lei engraçada e produtiva nas seguintes condições:
1. se nao afectasse o meu sistema nervoso...
2. se nao fizesse com que pessoas de bem se andassem a esconder feitas tolinhas nas portas de escolas e colégios, para nao serem vistas pelos alunos...(registo de pelo menos duas, eu e a mitó)
3. se o dito senhor que governa o país se preocupasse com outros assuntos.
Pah, são só três, porque não quero ser protagonista no teu blog...*
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