Divinos dias que vão nas ondas da passado
E a infância não serviu para me perdoar
Nem para do teu crepúsculo apagar a saudade,
De um tempo em que as tuas palavras
Me serviam de berço.
Troquei o Terreiro da Sé pelos passos da tua casa
As namoradas de que tanto falavas
Pelo amor que me davas.
Perdi-te pela leveza do meu esquecimento
O traje que tanto anunciaste
Nunca o viste
Quando voltei, Deus cegou o nosso encontro
A chama do regresso e a vontade de trocarmos a saudade
Por doces palavras de ternura
Tu que sempre foste bonita
Que nunca me fizeste chorar
E que sempre tinhas um conselho e um sorriso
Uma palavra e um carinho escondido
Foste embora.
Deixas-te me para continuar caminho
Foste ter com quem já te esperava há muito
Sou fonte de lágrimas que erra
Caminho indistinto de um único sentido
Afagaste o meu berço quando nasci
Sorriste quando chorei da primeira vez
Conheceste o menino, mas não o homem…
Ainda que no teu âmago
Desde sempre o tenhas visto
Agora que cresci e me deixaste
Sei que continuas por aqui
Em todas manhãs
Abrirei a janela da saudade
Para te sorrir com a minha alma
Para te mostrar os olhos que sempre gostaste
Agora são teus …Avó.
domingo, junho 25, 2006
O Meu Berço
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2 comentários:
és tão lindo. onde ela estiver vai olhar por ti*
:)
De certeza que estas palavras vão ser ouvidas e sentidas por quem é de direito.
Só um sentimento verdadeiro levar-te-ia a escrever tais versos, para mim os melhores que já escreveste.
***
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