No teu poema
No teu poema
existe um verso em branco e sem medida,
um corpo que respira, um céu aberto,
janela debruçada para a vida.
No teu poema existe a dor calada lá no fundo,
o passo da coragem em casa escura
e, aberta, uma varanda para o mundo.
Existe a noite,
o riso e a voz refeita à luz do dia,
a festa da Senhora da Agonia
e o cansaço
do corpo que adormece em cama fria.
Existe um rio,
a sina de quem nasce fraco ou forte,
o risco, a raiva e a luta de quem cai
ou que resiste,
que vence ou adormece antes da morte.
No teu poema
existe o grito e o eco da metralha,
a dor que sei de cor mas não recito
e os sonhos inquietos de quem falha.
No teu poema
existe um cantochão alentejano,
a rua e o pregão de uma varina
e um barco assoprado a todo o pano.
Existe um rio
a sina de quem nasce fraco ou forte,
o risco, a raiva e a luta de quem cai
ou que resiste,
que vence ou adormece antes da morte.
No teu poema
existe a esperança acesa atrás do muro,
existe tudo o mais que ainda escapa
e um verso em branco à espera de futuro.
Há quem diga que este poema ainda que triste, mas batalhador é ..bonito e que de alguma forma...me envolve. Há coisas que não mudam - A esperança acesa atrás do muro
quinta-feira, novembro 23, 2006
A esperança acesa atrás do muro
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2 comentários:
Já postei o msm poema e posso dizer que nao te envolve. Pertence-te. Pensa em cada verso para ti...e só para ti. *
sempre adorei esta musica ou melhor este poema..nem sei explicar porque...talvez por ser triste...talvez por ter nele um raio de esperanca..de certeza pela maneira como acaba: existe (...) um verso em branco à espera de futuro...
ou seja existe tudo...depende de nos encontrar as «palavras» para rimar...
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