quinta-feira, outubro 05, 2006

Paz



Paz que vieste incógnita e mortal
Semente da vida plena e mordaz
Agonia de quem vê partir
Teu tecto de luz
Tua chama sagrada
Que se foi com o sangue
Das veias de quem descansa.

O vento há-de correr nos teus cabelos
Deixa-los na brisa de um mar morto
E no ar não haverá sal
Nem o sentimento de um dia que nunca existiu
Nem os meses de anos
Que a vida à morte deu ilusão.
Pedro Dias

1 comentários:

Anónimo disse...

Há palavras que deixaram de nos pertencer. Alguém se refere
de novo ao seu significado, a alguns gestos que as percorreram
devagar, à proximidade de outras vozes. Mas o que persiste
há-de ser apenas o silêncio; ele vem agora ao teu encontro
para que não as esperes mais, como se fosse a tranquilidade
que encontramos no único caminho para onde agora te diriges.

Se essa sombra te acompanha é porque nela habitas.
Fernando Guimarães

Se existo na guerra...parece k na paz não faço muito...*