É o mais recente e inusitado acto demonstrativo do regime de Sócrates. A PSP apreendeu, durante este fim-de-semana em Braga, cinco exemplares de um livro que reproduz na capa uma pintura de Gustave Courbet (pintor anarquista francês, 1819-1877) mostrando o sexo de uma mulher.
Primeiro, fonte policial explicou que a polícia confiscou os referidos exemplares na Feira do Livro em Saldo e Últimas Edições por as imagens serem pornográficas e várias crianças se terem interessado pela peça e irem em magote rodear o livro. Isto, após, várias pais - que de certo terão várias qualidades menos o bom senso - terem ido fazer queixa a elementos policiais nas proximidades. A PSP justifica ainda a apreensão como "acto preventivo" para evitar desacatos entre os livreiros e os pais. E as crianças - mencionadas como verdadeiros vândalos do sexo - não?
Isto é no mínimo uma fábula fascista, digna do Portugal do Estado Novo. Algo que pensava já não poder voltar a aparecer, mas quando menos se espera...passo a passo surgem alguns sinais...Pior ainda quando a censura é feita não por determinação superior, mas automaticamente...como livre recreação dos agentes.
No final do episódio triste e já quando o livreiro apresenta queixa contra a PSP, a polícia acaba por determinar a devolução do livro e pede o arquivamento dos autos no Ministério Público.
Quem terá sido a alma governamental que teve vergonha na cara e sussurrou a ordem de devolução? Considerar pornográfica uma imagem de Gustave Courbet digna de ser apreendida pela polícia numa feira é no mínimo ridículo...
É bom que o português abra a pestana...
Primeiro, fonte policial explicou que a polícia confiscou os referidos exemplares na Feira do Livro em Saldo e Últimas Edições por as imagens serem pornográficas e várias crianças se terem interessado pela peça e irem em magote rodear o livro. Isto, após, várias pais - que de certo terão várias qualidades menos o bom senso - terem ido fazer queixa a elementos policiais nas proximidades. A PSP justifica ainda a apreensão como "acto preventivo" para evitar desacatos entre os livreiros e os pais. E as crianças - mencionadas como verdadeiros vândalos do sexo - não?
Isto é no mínimo uma fábula fascista, digna do Portugal do Estado Novo. Algo que pensava já não poder voltar a aparecer, mas quando menos se espera...passo a passo surgem alguns sinais...Pior ainda quando a censura é feita não por determinação superior, mas automaticamente...como livre recreação dos agentes.
No final do episódio triste e já quando o livreiro apresenta queixa contra a PSP, a polícia acaba por determinar a devolução do livro e pede o arquivamento dos autos no Ministério Público.
Quem terá sido a alma governamental que teve vergonha na cara e sussurrou a ordem de devolução? Considerar pornográfica uma imagem de Gustave Courbet digna de ser apreendida pela polícia numa feira é no mínimo ridículo...
É bom que o português abra a pestana...